Na senda das tertúlias de antigamente, estes serão encontros informais, para conversarmos sobre livros e leituras, para lermos em voz alta, para ligarmos a literatura a outras artes. Enfim, para partilharmos emoções, palavras, experiências.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Agustina Bessa-Luís a 25 de Junho

Quase a terminar mais uma temporada, a 25 de Junho falaremos de A Sibila, de Agustina Bessa-Luís, uma das vozes mais importantes da literatura portuguesa.
Deixamos dois vídeos para que a fique a conhecer melhor.
O primeiro é o Programa Ler + Ler Melhor dedicado à sua vida e obra.

 
 
O segundo é um documentário intitulado "Agustina Bessa-Luís: Nasci Adulta e Morrerei Criança":
 

 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Jorge Luis Borges a 28 de Maio

Seguindo os fios que a leitura do encontro de Abril deixou desatados, acompanhando referências e citações, tivemos vontade de (re)ler O Livro de Areia, de Borges.
 
 
 
 
Verdadeiro clássico, figura incontornável da literatura mundial, Borges influencia muitos dos escritores contemporâneos e atuais. Como afirma Alberto Manguel em entrevista à revista Ler de Novembro de 2012:
 
"Borges define a literatura antes e depois dele. A partir de Borges lê-se de outra maneira. É ele quem estabelece certos poderes dos leitores, que eram reconhecidos antes mas que ele define para nós. Inclusive esse: porque Borges num ensaio chamado Os Precursores de Kafka explica como cada escritor cria os seus próprios precursores. Quer dizer, lemos Kafka e de imediato autores com quem não tínhamos nada em comum passam a ter algo em comum por termos lido Kafka. O mesmo se poderá dizer do leitor: cada leitor cria a sua própria história da literatura."

Achámos que o melhor, para quem quer começar a ler Borges, seria partir dos seus contos. "O Outro",  conto que inicia O Livro de Areia, parece-me particularmente acertado para mergulhar na escrita e na atmosfera borgesiana. "Uma literatura na qual algo de impossível se introduz na realidade", usando ainda as palavras de Manguel. A ideia do "doppelgänger" atravessa a literatura desde os românticos até aos nossos dias, num labirinto tão caro a Borges, pela mão de autores como Dostoiévski (O duplo), Stevenson (Dr. Jekyll and Mr. Hide), Oscar Wilde (O Retrato de Dorian Gray), ou, para citar autores portugueses, Saramago (O Homem Duplicado) e João Tordo (O Ano Sabático). Quantas leituras mais resultariam deste encontro?



O escritor argentino Jorge Luis Borges (1899-1986) afirmou:
"Sempre imaginei que o paraíso seria uma espécie de de biblioteca".

Relativamente aos livros, disse:
"De los diversos instrumentos del hombre, el más asombroso es, sin duda, el libro. Los demás son extensiones de su cuerpo. El microscopio, el telescopio, son extensiones de su vista; el teléfono es extensión de la voz; luego tenemos el arado y la espada, extensiones de su brazo. Pero el libro es otra cosa: el libro es una extensión de la memoria y de la imaginación."
Aqui o texto completo.

Para quem desejar aprofundar a biografia do autor, deixamos um documentário em inglês.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Dia Mundial do Livro

Hoje, Dia Mundial do Livro, partimos da leitura de Uma Mentira Mil Vezes Repetida, de Manuel Jorge Marmelo, mas falaremos de livros dentro de livros, da literatura como espelho, jogo e muito mais.
Deixamos-lhe uma breve apresentação do livro e o link para o blogue do autor.


quarta-feira, 12 de março de 2014

Eugénio de Andrade a 19 de Março

A 19 de Março, bem perto do Dia da Poesia, dedicaremos o nosso encontro a Eugénio de Andrade.


Eugénio de Andrade, pseudónimo literário de José Fontinha, com uma obra que se estende por mais de quatro décadas, é um poeta à parte, à margem de grupos e correntes.

"Eugénio de Andrade (...) trazia para a poesia portuguesa uma revalorização da palavra, enquanto suporte poético da imagem e da metáfora, como unidade essencial do discurso, que era também o projecto, muitas vezes teorizado nos próprios poemas, dos autores (...) como Sophia deMello Breyner Andresen, e ainda dos que se afirmariam ao longo da década de 1960: Herberto Hélder, Ruy Belo, Fiama Hasse Pais Brandão."
      Gastão Cruz, no Prefácio de Primeiros Poemas, As Mãos e os Frutos,Os Amantes Sem Dinheiro,de Eugénio de Andrade, Assírio & Alvim.

  
 Os seus poemas são densos, fecundos de sensualidade, plenos de metáforas. Mas são também leves e eternos, como este "O Sorriso", dito pelo próprio autor:


No site da RTP Memória, pode aceder a dois documentários de Jorge Gaspar, realizados em 1993. No primeiro - Palavras Interditas - é feita uma descrição da vida do autor, e no segundo - Rosto Precário - uma abordagem à obra de Eugénio de Andrade.
 
Quem quiser descobrir mais sobre o autor poderá ainda fazê-lo aqui.

Deixo mais um poema, "As Palavras Interditas", do programa Um Poema por Semana, de Paula Moura Pinheiro, aqui dito por Margarida Carvalho:



segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Roteiro Queirosiano

No passado dia 11, o nosso grupo de leitores fez o Roteiro Queirosiano, seguindo as páginas do capítulo VIII d' Os Maias.


As palavras competentes do nosso guia permitiram-nos aprofundar a leitura da obra e mergulhar na atmosfera do romance e na paisagem de Sintra, ainda mais marcante nesse dia de sol.
















quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Continuamos com Eça de Queirós



Ontem, após a conversa acerca d' O Mistério da Estrada de Sintra (aqui o trailer do filme de Jorge Paixão da Costa, de que falámos) resolvemos continuar com a leitura das obras de Eça de Queirós!
A quem tiver pouco tempo, aconselhamos:

                                                     

Para quem quiser apreciar mais demoradamente a prosa queirosiana, aqui ficam várias sugestões:

                   

             

          



O nosso próximo encontro é a 11 de Dezembro, às 21:00. Juntem-se nós!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

20 de Novembro O MISTÉRIO DA ESTRADA DE SINTRA

Na próxima quarta-feira, 20 de Novembro, às 21:00,  regressamos às leituras partilhadas, com O Mistério da Estrada de Sintra, de Eça de Queirós e Ramalho Ortigão.

                                            

"Naquele que é justamente considerado o primeiro romance policial português, conta-se a história de um médico que regressa de Sintra acompanhado por um amigo. A meio do caminho, ambos são raptados por um grupo de mascarados, que os levam para um prédio isolado onde aparecera um homem morto. A partir daí, os acontecimentos sucedem-se em catadupa. Quem é o morto e quem o matou? E porquê? Quem era a mulher com quem ele se encontrava, e quem são os mascarados que pretendem proteger a sua honra? A história foi publicada no Diário de Notícias entre Julho e Setembro de 1870 sob a forma de cartas anónimas, e foram muitos os que se assustaram com os acontecimentos narrados. Só no final é que Eça de Queirós e Ramalho Ortigão admitiram tratar-se de uma brincadeira e que eram eles os autores das cartas.

O Mistério da Estrada de Sintra foi publicado em forma de livro nesse mesmo ano. Em 1885, houve uma segunda edição revista por Eça de Queirós, que é a utilizada na presente edição."
                                                                                         in www.bertrand.pt