Literalmente ‘raptado’ da Capela da Misericórdia de Sines, após uma magnífica conversa com Joaquim Gonçalves, grande livreiro, directamente para a sede da Quadricultura, tivemos o privilégio de ter connosco o Afonso Cruz que teve a amabilidade de partilhar com esta pequena comunidade de leitores o último encontro da temporada, em que convivemos à volta da mesa num jantar literário.
Como é habitual, todos participaram com saborosas iguarias cuja fonte de inspiração literária é transmitida em momentos de partilha verdadeiramente enriquecedores.
Especialmente para que o Afonso Cruz se sentisse um pouco ‘em casa’ não faltou na mesa o borrego assado, a sopa dourada, vinhos e doçaria conventual tal como no banquete e Última Ceia da encenação preparada para a velha Antónia, numa das passagens mais criativas e hilariantes do seu livro Jesus Cristo Bebia Cerveja.
A personalidade do Afonso Cruz encantou-nos com as suas experiências literárias, com a sua visão da vida e das coisas de uma forma lúcida e profunda e contudo traduzida com uma imensa simplicidade de pensamento e de palavras.
O serão estendeu-se bem para lá da meia-noite, mas pareceu-nos demasiado curto!
Não resisto a transcrever as suas próprias palavras:
“Ao comer enquanto se conversa, dá-se carne às palavrase elas ganham corpo. A comida entra-nos no estômago ensopada em histórias. Há um casamento das palavras com a salada, das histórias com o bife, das conversas com o vinho ….”
… foi assim o nosso jantar.
Isabel Borges Alves
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