“Em todas as almas, como em todas
as casas,
Além da fachada, há um interior
escondido.”
Raul Brandão
Espreitámos Onde moram as casas, de Carla Maia de Almeida e Alexandre Esgaio, Caminho, aqui. E ainda este álbum maravilhoso.
Foram lidos em voz alta poemas de Fernando Pessoa e de José Régio.
Falou-se ainda de:
Valter Hugo Mãe (O filho de mil homens)
Eça (A Tragédia da Rua das Flores e As Minas de Salomão)
Agualusa (A Educação Sentimental dos Pássaros)
Keith Richards (Life)
O nosso próximo encontro será no dia 22 de Fevereiro, em volta do tema AMOR, a partir deste livro:
Para entrarmos já no tema, um poema de Eugénio de Andrade , que faria hoje 89 anos.
Urgentemente
É urgente o Amor,
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros,
e a luz impura até doer.
É urgente o amor,
É urgente permanecer.
Eugénio de Andrade
(19.01.1923 – 16.06.2005)
4 comentários:
Escutámos também um poema de Américo Lourenço; poeta e nosso companheiro de tertúlias!
Que bela maneira de abrir o apetite para a próxima reunião:
"É urgente o amor,
É urgente permanecer!"
Viva a literatura!
Obrigada, André!
Não tive tempo de ler o livro sugerido; porém, o encontro foi bom para me levar a reencontrar um Saramago de que já gostei - talvez volte a lê-lo, e certamente começarei pelo "Clarabóia".
Sim, Horácio, estes encontros muitas vezes conseguem fazer com que nos reconciliemos com certos autores. Que bom que assim é!
Paula
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